O Grajaú, na Zona Sul da cidade de São Paulo, é um distrito que surge com a ocupação destes espaços por trabalhadoras e trabalhadores que precisavam de moradia, porém tinham dificuldades de realizar o “sonho da casa própria”, como tantas brasileiras e brasileiros. Assim foram sendo ocupadas áreas nas “bordas” da cidade, em locais de vulnerabilidade ambiental, que nos mostra como as questões urbanas e de acesso à moradia são complexas, pois para se alcançar um direito básico, aspectos ambientais podem ser afetados negativamente. Apesar da estigmatização que as periferias da cidade recebem, como locais de pobreza, escassez e necessidade, no projeto ficou evidente que territórios da região sul, como Grajaú e Interlagos são ricos em coletivos, história e outros movimentos que, por meio da cultura, da luta feminista e de outras formas de ativismo, atuam em seu território buscando suprir lacunas pela ausência do poder público e de políticas públicas